A VERDADE DO EVANGELHO
EXPERIENCIA LEGAL E DO EVANGELHO

October 23, 1839.

CHARLES G. FINNEY

 
Texto. Sl 40:1-3. -- Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me de um lago horrível, de um charco de lodo; pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos; e pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no Senhor.

 

Muitos dos salmos deveriam ser considerados como diários inspirados, e como tais eles são as mais importantes marcas de caminho para os cristãos. Os diários de outro homem podem nos guiar de maneira equivocada. Mas quando nós encontramos que nossa experiência está de acordo com aquelas de homens inspirados, e com aquelas partes de suas experiências que foram gravadas pelo Espírito Santo, podemos estar seguros de estarmos pelo mesmo caminho no qual eles viajaram para o céu. O Salmo 119, junto com muitos outros, são evidentemente deste caráter. Eles são como se o salmista tivesse posto placas direcionais por todo o caminho em direção ao céu, e ao registrar suas experiências como as pedras colocadas a cada quilômetro por todo o caminho, nos foi dada a vantagem de estarmos certos se estamos ou não na mesma direção em que os homens inspirados caminharam.

Eu considero o texto como sendo desta classe, onde o salmista, depois de ter passado por varias provas mentais, registrou, tanto suas provas, como sua liberação para benefício das eras posteriores.

 

Eu discutirei este tema na seguinte ordem:

I. Inquirir no que devemos entender por horrível charco de lodo.

II. Mostrar o que implica esperar pacientemente no Senhor.

III. Mostrar o que implica ser tirado do horrível charco de lodo.

IV. Mostrar o que implica ter seus passos estabelecidos.

V. Notar as conseqüências desta experiência.

 

1. O que devemos entender por horrível charco de lodo.

Este texto deveria ser observado certamente em um sentido figurado. Não podemos supor que o salmista tenha, literalmente, caído em um charco de lodo. Mas ele esteve em circunstâncias que propriamente se representam através desta analogia. Mas, apesar de ser uma linguagem figurada, deve ter um significado. E geralmente não é, para nada, difícil entender uma linguagem figurada, mas sim extremadamente fácil. A figura usada neste texto implica:

 

1.1 Que ele foi colocado em circunstâncias de extrema dificuldade e perigo, das quais ele não conseguia sair por si só;

 

1.2 que seus esforços para se ajudar apenas lhe incrementava mais dor e perigo. Isto está, seguramente, implicado na figura que ele usou -- "um horrível charco de lodo". Agora, todos sabem que se um homem é jogado em um charco de lodo, seus esforços para retirar-se dali apenas farão com que se afunde mais no lamaçal, e deixar suas circunstâncias cada vez mais desesperantes. Qualquer outra coisa que esta figura ensine, não podemos deixar de observar o fato de que o salmista foi colocado em uma posição onde todos seus esforços e lutas para sair não tem feito mais do que fazer a situação piorar;

 

1.3 implica que sua condição era desesperante e horrível, como aquela de um homem vagando solitário por um deserto, caiu em um profundo charco de lodo, além do alcance e quase além de toda possibilidade de ajuda.

 

Muitos comentaristas têm dado diferentes conjeturas a respeito do que o salmista quis dizer nestes versículos. Seria pior que inútil recapitulá-los. É possível que algo conectado com suas circunstancias mundanas pudesse estar baixo seus olhos, quando o salmista escreveu estes versículos. Mas pra mim parece claramente que ele o desenhou para descrever sua propria experiência, primeiro em um estado de cativeiro legal, a daí a sua passagem deste estado à liberdade do Evangelho. Esta linguagem é tão perfeitamente servida a esta experiência, que provavelmente ninguém que haja tido esta mesma experiência terá dúvidas de que esse foi seu desenho. Esta experiência é familiar a todos aqueles, e só àqueles, que tanham passado de um cativeiro legal à liberdade da fé. Para mim parece que descreve a mesma experiência da que é descrita no capítulo sete de Romanos, só que de uma forma mais condensada. A última parte do capítulo sete contrastada com alguns dos primeiros versículos do capítulo oito, parece a mim, que exibe uma experiência similar da que acabamos de ver anteriormente.

 

Uma alma egoísta, seja um apóstata ou uma alma impenitente, que tenta servir a Deus é realmente culpável, e é condenada por cada feito, e por cada tentativa de servir a Deus, enquanto possui um estado errado do coração. A lei requer um amor puro e perfeito, e cada ato e esforço egoísta é o oposto direto dos requeimentos da lei. Seja por esperança ou medo, seja por castigo da consciência ou cualquer outra consideração que não seja amor, ela atenta contra a obediência, é condenada, e a lei profere os seus trovões e a declara culpável, e digna da morte eterna.

 

Agora, é comum acontecer que apóstatas e inconversos, pelo que atuam pelos mesmos motivos, e estão igualmente sob condena, geralmente acontece, como eu disse, que eles tem muita convicção de estarem satisfeitos com cualquer coisa que façam, e mesmo assim estão muito afligidos por não fazerem nada. Eles vêem e se sentem condenados, até por suas orações, e até clamarão por misericórdia. Eles se dirigem a uma e outra direção, e se agarram de qualquer galho ou arbusto que estiver ao seu alcance para tentarem se puxar para fora do charco, mas sua culpa e condenação só aumentam a cada momento que vivem. Eles lêem, oram, vão às reuniões, ficam em casa, pensam, meditam, procuram, se esforçam, e mesmo assim eles se sentem condenados por todos seus esforços, porque o egoísmo supremo está ao topo de todos eles. Tal alma acha-se preparada para resolver e re-resolver, e amontoar resoluções quase sem fim, mas suas resoluções estão cedendo como ar ante todo respiro de tentação, porque elas estão feitas na face de um princípio antagônico. E o egoísmo é encontrado para varrer, como uma represa de areia, todas aquelas resoluções e esforços, pela qual uma tentativa é feita para resistir sua influência. A verdade é que que em todos os casos como este, o egoísmo está à base de todas estas resoluções e esforços, e enquanto o coração está neste estado apenas uma desilusão terrível pode impedir a mente de ver que ele está em um charco horrível de barro lamacento -- isso na direção que for -- o que seja que faça, enquanto o egoísmo estiver, a culpa aumentará a cada ato, e a alma está afogando cada vez mais profundo em condenação e ira a cada passo. Esta é verdadeiramente uma situação desesperante. Uma alma neste estado nunca desistirá dos seus esforços, e fazer tais esforços é pior que inútil, e cada um deles é pecado, e só aumentam a condenação. Neste estado de mente, para que um indivíduo adore ao Señor, está totelmente fora de cogitação.

Parece a mim que nenhuma outra figura podería descrever tão perfeitamente um estado de cativeiro legal do que esta. Convicto de pecado, mas sem ter amor a Deus -- influenciado pelo medo em vez de fé ou amor, lutando e agonizando, mas afundando cada vez mais na condenação e na culpa em cada momento. Este é, de fato, um horrível charco de lodo lamacento.

 

2. O que implica esperar pacientemente pelo Senhor:

2.1 Não é permanecer ociosamente sentado. Uma pessoa baixo essas circunstâncias não fará nada além de ficar sentado;

2.2 não é uma espera que consiste em abandonar o tema e empregar o tempo e pensamentos em outras coisas. Não é, não pode ser. Não é o que o texto pretende dizer;

2.3 não é um consentimento em pospor uma resposta aos seus requerimentos. Uma alma neste estado está em demasiados problemas, e sente que não pode e não tem o direito de permanecer seuqer uma hora mais nessa situação.

 

Várias vezes pensei que a tradução desta passagem estava calculada para dar, e realmente deu, em vários sentidos, uma impressão diretamente contrária à verdade. Por "esperar pacientemente" muitos , aparentemente, o entenderam como uma indiferença e despreocupação acerca do resultado. Agora, o original expressa um estado de mente totalmente contrário a este, que implica:

 

(I) Estar constantemente olhando a Deus -- esperar em Deus como um criminal condenado à morte espera ansiosa e constantemente junto à porta daquele que tem o poder para perdoar;

 

(II) um sincero, agonizante, e intenso olhar ou espera no Senhor. A tradução teria expressado corretamente a idéia se dissesse, eu esperei agonizantemente ou intensamente pelo Senhor. No original em "esperando" se traduz "eu esperei", que é uma das formas de expressar um superlativo, e implica uma conexão constante mas veemente de súplica;

 

2.4 esperar pacientemente no Senhor implica agarrar-se e se recusar a ser negado. Como quando Jacó disse, "não te deixarei ir, a menos que me abençôes". Este estado da mente é descrito com frequência na Bíblia. Na parábola dos pães, e da viúva inoportuna, a necessidade e poder de um estado da mente perseverante são postos em uma luz chamativa;

2.5 implica um sentido de ficar calado ante Deus para que Ele ajude -- uma convicção plena da mente de que suas circunstâncias são desesperantes a menos que Deus se ocupe de seu caso. Parece ser que o salmista esperou somente no Senhor;

2.6 implica uma convicção madura da voluntariedade de seu pecado, e consequentemente a horrível situação do seu estado. Ele não viu sua situação como calamitosa ou desafortunada, mas sim como uma debilidade desesperante. Uma pessoa nunca vê a verdadeira natureza horrível e desesperante de suas circunstâncias, até que ela veja que seu egoísmo voluntário é a única razão pela qual ele não rendeu uma obediência completa e instantânea a Deus. E este egoísmo, tendo crescido com seu crescimento, e fortalecido com sua força, a está afundando a cada instante no horrível charco de lodo lamassento, e apesar de suas resoluções, o está levando, como um dilúvio, às profundidades do inferno;

2.7 implica tanta esperança de que será ouvido como para encorajá-lo a continuar orando. Como um homem que caiu em um poço e levanta sua voz uma e outra vez, por se ventura alguém esteja passando por ali e talvez ouça seu prantear e seja atraído até o lugar para ajudá-lo.

Eu não acredito que este "esperar no Senhor" implica "ancorar" em fé nas promessas de Deus, por remover de uma vez as angústias da mente. Antes significa um grito de angústia, quase desesperando, mas con tanta esperança capaz de encorajar um chorar veemente ao Senhor.

Se é negado que Deus não responde senão as orações de fé, deve ser lembrado de que há um sentido em que Ele ouve e responde otras orações além destas. Ele ouve o choro dos pequenos corvos, e o dos leõezinhos quando estão faltos de comida. E Cristo, quando estava sobre a Terra, ouviu e respondeu as orações dos demônios quando eles rogaram que não fossem expulsados do país, mas que pudessem ser castigados em uma manada de porcos. O ouvido de Deus está sempre aberto ao choro da angústia, e aonde não há uma boa razão para fazê-lo, Ele pode e sem dúvida geralmente ouve, e de certa maneira responde as orações daqueles cujo caráter moral Ele aborrece. Eu não acredito que Deus tenha-se posto baixo nenhuma obrigação de responder apenas as orações de fé. E ainda eu não duvido que Ele seguidamente ouve o choro das almas em angústia e traz livramento àqueles em atadura legal.

 

3. Mostrar o que implica em ser retirado do horrível charco de lodo:

Esta é uma figura que afeta. Uma linguagem peculiar. Deus está sendo representado aqui como tendo sua atenção capturada por algum choro distante de angústia. Uma alma caiu em um horrível charco, e levanta a sua voz e chora. "Ajuda-me! Oh! Deus, ajuda-me!" mas não recebendo resposta, ela grita outra vez. "Ajuda-me! Oh! Deus, ajuda-me!". Aquí a atenção de Deus foi capturada. O choro chega aos seus ouvidos. Ele está representado como se estivesse abaixando-se -- " Ele se inclinou para mim". Ele está representado como inclinando-se na direção do choro, e se enconra em uma atitude de escutar intensamente. Novamente o choro rompe-se em seu ouvido, "ajuda-me! Oh! Deus, ajuda-me!". Então apressando-se, como sobre as asas do vento, ele se curva nos céus e desce, e levanta a alma para fora do horrível charco de lodo lamacento. Esta linguagem implica:

3.1 Liberação daquele estado mental no qual todos seus esforços eram egoístas e pecaminosos -- um romper da influência do "eu" sobre a mente, e enchedo-a com amor, a fim de dar-lhe a consciência de que realmente rendeu um serviço aceitável a Deus. Enquanto estava baixo uma influência legal, ela sentía continuamente que seus serviços não eram aceitos ou aceitáveis -- que eles não poderiam nem deveriam ser aceitos por um Deus santo -- que seus melhores serviços eram egoístas e assim deixavam cada vez mais impossível para Deus justificá-la e salvá-la;

3.2 implica ser colocado sobre terra firme, onde pode servir a Deus com retidão, ciente e firme de coração -- sendo consciente de que ela foi influenciada pelo amor e não pelo medo, e que seu coração foi reto, sincero e cheio do amor de Deus. Assim o poder das considerações legais sobre a mente foi quebrado;

3.3 isto expressa a experiência de uma alma que é levada a agarrar-se a Cristo em fé. Seus pés estão firmados sobre a rocha Cristo. Fé que produz amor quebra o jugo da atadura, do egoísmo, da morte, e de uma vez admite a alma ao descanso da liberdade e gozo, fé e amor. Se algum de vocês têm passado por este estado mental, não precisarão que eu diga nada mais para o entenderem; se não, não importando o que eu diga, você entenderá cada pedaço disto;

 

4. O que implica ter seus passos estabelecidos:

Isto também é uma figura. Ele está sendo representado como sendo afirmado em uma rocha, não para escorregar imediatamente, ou para ser levado pela primeira onda de tentação, mas como tendo seus passos estabelecidos sobre a rocha. Isto implica:

 

4.1 Que sua fé obteve uma permanência e estabilidade que trabalhava por amor e o preveniu de cair outra vez em condenação. Eu sei que ele diz na parte final deste Salmo, "minhas iniquidades me prenderam de modo que não posso olhar para cima". Mas isto não implica que ele tenha realmente caído em pecado outra vez, mas um sentido de que seu antigo pecado tinha-o colocado excessivamente baixo diante de Deus. Esta ocorrência é familiar a todos aqueles cujos pés estão tão estabelecidos como para habitar na fé do evangelho. Eles geralmente tem um sentido tão grande de sua culpa passada como para produzir o mais grande lamento e os fazem chorar, "minhas iniquidades me prenderam de modo que não posso olhar para cima." De nenhuma meneira isto implica que tenham dúvidas sobre sobre a sua aceitação diante de Deus, ou se sentem em um estado de presente condenação, ou que seus corções não estão retos diante de Deus. Mas implica justamente o estado contrário da mente. Quando seus pecados passados são o objeto de seus pensamentos, eles são quase superados com um sentido de sua vileza excessiva. Mas assim que seus pensamentos retornarem, e Deus se torna o objeto de contemplação, seus corações se encherão de alegria e paz;

4.2 implica que ele estava tão sustentado pela graça que encontrou-se apto para continuar no serviço de Deus, sem ser levado sob a influência do medo e motivos legais, e assim emaranhar-se outra vez com o barro.

 

5. As consequências desta experiência:

5.1 Foi colocada uma nova canção em sua boca. Agora ele poderia louvar ao Senhor. Eu tenho dito que um homem sob influências legais não pode louvar ao Senhor. Portanto a adoração é uma nova canção à alma que há passado à liberdade do evangelho;

5.2 outra consequência desta mudança foi manifestada: "muitos", ele diz, "o verão". Sim, o mesmo semblante de tal alma é mudado, assim a primeira vista você vai perceber que ele está fora do charco. Em vez daquele desânimo, angústia e culpa que se extendia pela mente inteira, há uma calma doce, brilho, alegria, paz, um céu no mesmo semblante. Todos o podem ver.

Uma vez conhecí a um infiel cuja única e amada filha estava em uma gande angústia mental. Ele o observou e começou a ficar muito ansioso por causa dela, e estava propondo levá-la para fora da cidade, a fim de divertir sua mente, e retomar sua antiga disposição alegre. Nesta crise ele foi convencido, por uma senhora piadosa em sua família, a que deixasse a sua filha assistir a uma reunião para aqueles que estivessem ansiosos. Ela foi, entregou seu coração ao Senhor, e retornou em abundante paz. Assim que seu pai a viu na manhã seguinte, ele foi surpreendido com a mudança em seu semblante. Era tão evidente como para quase derrocá-lo. Ele disse à sua esposa que sua filha havia-se alterado enormemente, e chorou à grande voz e com lágrima para sua filha, "Oh! Você já não pode me amar se tens entregado o teu coração à Cristo". Eu tenho visto muitos casos onde a mudança foi tão grande no mesmo semblante como para contar toda a história com mais veemência do que muitas palavras o poderiam fazer, e estaria bem ser dito que "eles olharam coisas indizíveis";

 

5.3 outros "temerão". Quando semelhante transformação ocorre em uma alma, apóstatas e pecadores se alarmam. Isto traz a Deus e a eternidade para mais perto deles. Produz que nenhuma pregação poderia dar. É uma questão de fato, uma real e viva ilustração do poder do evangelho de Deus. Quantas vezes tenho visto uma mudança assim alarmar a todo um lar, e em alguns casos alarmar até a uma vizinhança inteira,

5.4 resulta neles confiando no Senhor. Este é um caso comum. Quando alguém passa por esta grande mudança, primeiro se alarma, depois anima a traz a muitos a temer e confiar no Senhor.

 

OBSERVAÇÕES.

 

1. Grandes multidões estão em horrível charco de lodo lamacento. De acordo a minha própria observação, estou convencido que a grande massa, incluindo àqueles que são chamados como os mais piadosos na igreja, estão em um estado de atadura legal, e não tem ido mais além na religião por encontrarem-se em um estado contínuo de condenação. Eles tem convicção suficiente como para fazer com que se sintam miseráveis. São levados e arrastados por suas consciências e pela lei de Deus -- estão lutando e resolvendo, mas estão sob tanta influência do egoísmo que não podem estar continuamente clamando, como é o caso do Apóstolo no capítulo sete de romanos, "quando quero fazer o bem, o mal está comigo". "Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende". "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?".

2. Eles parecem não esperar que vão sair deste estado. O capítulo sete de Romanos tem sido tão pervertido como para chegar a ser uma pedra de tropeço para muitas almas neste estado mental. Eles parecem entender que o Apóstolo está falando dele como se fosse do seu estado atual no momento em que escrevia a epístola. E pensando bem, não é de se esperar que eles queiram avançar mais do que um Apóstolo inspirado, eles tem a idéia de que devem viver e morrer neste estado. Eu tenho pensado muitas vezes que não foi bom o fato dos capítulos sete e oito estarem separados. Se as pessoas lessem atentamente os capítulos sete e oito completos em sua conexão, elas veriam a direção em que se move o raciocínio do Apóstolo. Eu apreendo que ele meramente propôs um caso com o propósito de contrastsar a influência da lei com a do evangelho sobre a mente. Agora, seja que fosse assim ou seja que ele estivesse falando de sua própria experiência, é certeza que o mesmo indivíduo que é representado no capítulo sete como estando sob a atadura da lei do pecado e da morte, é, no começo do capítulo oito, representado como sendo trazido à um estado mental completamente diferente. O mesmo indivíduo que pôde ter se queixado no capítulo sete de estar em uma terrível atadura, como sendo um escravo vendido em pecado, parte pra frente no começo do capítulo oito e diz: "Portanto nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumpra em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o espírito".

3. Eles não tomam um curso do qual nunca podem regressar. Eles se esforçam para conseguir graça por meio de obras, em vez de agarrar de uma vez por fé as promessas de Deus.

4. Eles não formam um conceito correto do estado mental em que se encontram quando o poder da luxúria e qualquer tentação deve ser quebrado. Portanto eles esperam viver e morrer no charco de suas própias luxúrias imundas. E se eles morrerem assim, sem dúvida alguma irão ao inferno.

5. Muitos estão no horrível charco, mas estão profundamente adormecidos. Estão sonhando, imaginando a sí mesmos sobre a rocha, enquanto estão quase sufocados no barro de suas próprias imundícias, estão preparados para afundarem diretamente até o infierno.

6. Considerarás o indisculpável que é para você continuar mais um momento neste charco em que o Salmista estava? Há milhares de promesas agora que nunca haviam sido escritas naqueles días. E há também a dispensação do Espírito. Você está rodeando com muita mais luz, tens tão completa revelação, de fato há circunstâncias em cada aspecto como para render uma culpa infinita por querer permanecer alí mais um momento..

7. Aqueles que são liberados irão abundar em louvores. Seus corações e lábios estão cheios de adoração. É uma nova canção. O louvor é tão natural como sua respiração. Lhes aconteceu o que foi dito pelo profeta: Isaías 61:3 "A ordenar acerca dos tristes de Sião que lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que Ele seja glorificado".

Às vezes tenho conhecido a estes que estão sob atadura legal repreendendo àqueles que estãos cheios de louvor, lembrando-lhes de que há mais coisas para se fazer-- que seria melhor eles estarem orando pelos pecadores do que estar regozijando-se e louvando. Mas deixemos saber a estas pessoas que esta nova canção de louvor geralmente faz mais, por um lado. Mas deixemos que esas pessoas lembrem que esta nova canção de louvor muitas vezes faz mais, por um lado, fazendo temer àquele que é descuidado, e por outro, animando o desanimado a ter esperança, do que qualquer outra coisa podería fazer.

8. A partir deste tema nós podemos perceber quem são aqueles que foram liberados-- aqueles que tem "um novo cântico em suas bocas, um hino ao nosso Deus".

9. Você pode perceber a importância e o efeito de testificar de seu gozo na frente da Igreja e do mundo. O Salmista diz: Salmos 40:10 - "Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação: não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade".

10. Muitos podem admirar-se e desprezar, e perecer. Sem embargo todos aqueles que temos experimentado o amor e a bondade do Senhor digamos justo com o Salmista "Venham todos aqueles que temem ao Senhor, e eu lhes deixarei saber o que Ele têm feito por mim".

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